Por um Brasil Socialista!

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Nunca o Brasil foi tão influente no cenário internacional como nos dias atuais, devemos fazer uma reflexão sobre esse momento, e para tanto proponho que façamos um esforço para entender o que mudou no mundo e no comportamento brasileiro para que assumíssemos tal posição.

É bem verdade que a estabilidade econômica, o respeito às convenções, as leis, tratados e acordos celebrados nos anos anteriores (governos) foram respeitados pela atual gestão, e todos esses fatos contribuem para que a confiança seja plena na capacidade que um país tem em honrar seus compromissos.

Mas não estamos falando de uma relação comercial do Brasil com o resto de mundo, mas da política que o país apresenta para o conjunto das nações, política essa que reivindica um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, que permitiu que o Brasil pagasse sua dívida junto ao FMI, e ainda o endurecimento do governo no caso do urânio brasileiro e é preciso ressaltar a habilidade do então Ministro Eduardo Campos a época no Ministério de Ciência e Tecnologia que não aceitou a pressão e intransigência do governo americano sobre as centrifugas das Usinas de Angra no processo de enriquecimento de Urânio, a recente vitória na OMC sobre os subsídios do governo americano aos produtores de algodão, o fortalecimento do comercio com a China, a forte relação com o mundo árabe e principalmente com o continente africano. O que podemos tirar de conclusão de cada uma dessas ações do Brasil na política internacional?

Sobre tudo, como diria Gonzaguinha: “Eu vou à luta com essa juventude, Que não corre da raia a troco de nada” foi esse o sentimento que norteou o governo Lula, para que o Brasil assumisse a ponta nas discussões mais importantes no mundo, sentimento respaldado na legitimidade.

A legitimidade de um governante vem do seu povo, a legitimidade de um sindicalista, vem do seu sindicato e a legitimidade de um quadro partidário vem do seu partido, em tempos de eleições todos buscam sua legitimidade ou legitimação, o que é natural dentro da política, mas a principal legitimidade que se pode conseguir é a consagração através do voto popular, muitos já passaram por esse processo, podemos citar no PSB o governador Eduardo Campos, um dos governantes mais bem avaliados, a frente do Estado que mais cresce no país, inclusive nos investimentos estrangeiros, para falar de São Paulo cito o deputado Marcio França o mais votado no campo da esquerda do Estado, e não poderia deixar de falar do deputado Ciro Gomes que proporcionalmente foi o mais votado no país.

Essa legitimidade que o PSB encontra através dos seus representantes junto a sociedade, nos coloca num dilema apresentar nossos quadros dentro de um projeto de candidatura a Presidência da República? Ou dar sustentação ao projeto apresentado pelo presidente Lula? O partido faz esse debate há tempos, e para tanto os panfletos dos que defendem as duas vertentes estão circulando. Li e fiz uma reflexão sobre a opinião do deputado Ciro Gomes, e muito me contemplou suas preocupações e seus apontamentos, sou um dos que realmente acredita que o PSB tem que ter candidato a presidente sempre!

Mas a candidatura é a expressão do projeto que o partido tem para apresentar ao país, e tal projeto passa pelo crescimento do partido, que ao contrário da opinião do deputado, preciso ressaltar o crescimento do PSB nas eleições de 2006, mesmo sem ter um candidato e ainda trazer a memória de muitos que existem partidos que sempre apresentou candidatos a presidência, mas ao invés de crescer ele desapareceu o PRONA é um exemplo disso, sem dizer os nanicos.

O PSB não se colocará ao lado daqueles que seus destinos são decididos pelos “SEIS” alocados nos gabinetes de Brasília, ao contrario nossas convenções vão legitimar nossos interlocutores junto à sociedade, e entendo que esse momento esta por chegar, seja ele qual for e a decisão que resultar disso, acredito que todos podemos defender nossas teses, porque todos vão jogar e nossa torcida estará junta, pois todos vão ao campo, ao convencimento, de que nós estamos subindo apenas mais um degrau a caminho do projeto de nação que o PSB vai apresentar ao povo brasileiro, esses degraus podemos encarar como as candidaturas a governador nos estados, a deputado federal e estadual, chapas completas competitivas e que representem não só o PSB, mas o extrato da sociedade brasileira, que é formada por negros, jovens, trabalhadores, profissionais liberais, funcionários públicos, empresários, índios, portadores de necessidades especiais, nossas bravas mulheres, ou seja, por João, Francisco, por todas as Marias e Clarisses e é esse o momento que devemos construir um Brasil com diferentes pessoas, mas com igualdade de oportunidades, para tanto é preciso construir um Brasil Socialista.